domingo, 29 de abril de 2012

Bob Dylan em Porto Alegre



Não tem pirotecnia, telão com filminho, nem falatório entre as músicas. Deixemos estas coisas para Paul e Bono.

São quase duas horas de show intenso e direto, sem enrolação.

O povo que está ali não está preocupado em ver um senhor simpático proferindo juras de amor por uma cidade que ele nem conhece. O povo que está ali quer música e nada mais.

O povo que está ali não quer receber uma encomenda pronta e pasteurizada. Não, ele quer brincar de adivinhar que música é essa que está tocando, quer ver seu ídolo subir no palco para reinventar mais uma vez aquela velha canção que nunca envelhece. Não quer tudo igual, apenas deseja ser testemunha viva de mais uma criação.

Quem esteve em Porto Alegre para ver Bob Dylan, não precisou de mais nada, a não ser o que foi oferecido.

João David Mendonça

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